Talvez estivesse sendo ingênua demais.
Escrever seu suposto livro a salvaria da vida que tinha escolhido? Seria estupidez crer que as folhas da velha agenda mudariam as noites em que se deitaria sozinha com seus pensamentos? Tirariam a angústia e ansiedade de seu peito? Ah! Será que as palavras seriam capazes de alimentá-la, suprí-la de vida?
Tinha tanto desejo de viver e criar... Até hoje, nada e ninguém tinham dado conta de tal tarefa.
Seu espírito selvagem estava amarrado a uma espécie de roteiro que criou para sua própria vida - bem seguro, cheio de limites e regras.
Seu espírito selvagem estava amarrado a uma espécie de roteiro que criou para sua própria vida - bem seguro, cheio de limites e regras.
Sim, pensou que o livro poderia deixá-la fugir, romper, soltar-se.
Afinal, era mesmo mentira que estava escrevendo por causa da tal plenitude!!!
Boba.
Escrevia para libertar-se dos outros, de tudo, de si.