terça-feira, 31 de julho de 2012

Espera


Dorme tranquilo, em tua inércia de amor.
Hei de esperar-te por tempo impreciso.
Certeza e paixão movem o meu querer.

Ainda que amargue estraçalhada na dor
Por não conceder-me nem um só sorriso,
Ao fim da noite vem o amanhecer.

Querido, não há pressa que tinjas de cor
As horas que aguardo em lençol liso
Esperando, calma, teu renascer.

A fênix morre para ressurgir em fulgor
Única assertiva da qual eu preciso
Por carregar o fruto de nosso prazer.

Ah, cobrirá meu corpo de sol, beijo e flor
E tornar-se-á do desejo um aviso...
- Despertai do sono para não perecer!