segunda-feira, 6 de setembro de 2010

III - Artificial (letra e música de 1997)

Meu lustre é meu sol artificial

Porque não saio mais de casa,

E as poças não são rasas,

E as paredes de concreto são meu mundo

Artificial.

A tua voz pela linha e pela carne.

Tanta voz à toa,

Parecendo estar na boa,

Enquanto a dor é como o amor:

Sem artifícios, sem sacrifícios...



Entro na sala e mergulho

O chão é uma piscina

Água doce, azul de amaralina.

Movo pernas e pés

Lentamente pela água

Que escorreu por trás das lentes,

E eu bebo das lágrimas.