Meu lustre é meu sol artificial
Porque não saio mais de casa,
E as poças não são rasas,
E as paredes de concreto são meu mundo
Artificial.
A tua voz pela linha e pela carne.
Tanta voz à toa,
Parecendo estar na boa,
Enquanto a dor é como o amor:
Sem artifícios, sem sacrifícios...
Entro na sala e mergulho
O chão é uma piscina
Água doce, azul de amaralina.
Movo pernas e pés
Lentamente pela água
Que escorreu por trás das lentes,
E eu bebo das lágrimas.