Abano bem a poesia
Feito fagulha de fogo
Para crescer, espalhar.
Sopro com força as cinzas
De cada nova poesia
Para fazê-la voar.
Que pegue uma carona
No rabo da ventania
E aprenda a viajar;
Visite terras e povos,
Distantes e diferentes,
Sem nunca ter que voltar.
Suba ao céu, poesia,
Para chover tuas rimas
E belezas relampejar.
Brilha, minha poesia,
Num denso raio de sol
Ou num feixe de luar.
Que seja por si o que é,
Única e tão só,
Escrita para iluminar.
Abracem a poesia!
Queiram-te inteira ou em parte,
Podem tomá-la do ar.
Será bom que desvaneça
No coração de um alguém,
Tal qual espuma do mar.