Eu vi mamãe Oxum chorando a morte
Do filho consagrado ao Pai do céu.
Em volta dela era um rio de pranto
Feito de puro amor com gosto de mel.
Luzia o ouro do teu ventre aberto,
Imerso n'água calma e infinita...
E coroada de lírios da mata
Era a mulher mais só e também a mais bonita.
Sua dor corria ao longe, pro oceano:
Espelho do céu, nossa Aruanda.
Oxum, doce mamãe que tanto amo,
O teu brilho vivifica e meu coração encanta.