segunda-feira, 17 de junho de 2013

Divino ao Redor

Verde, vivo,
Cheiro do mato.
Mudas, ramos,
Grama molhada.
Fresco, água,
Os pés afundados.
Galhos, folhas,
Terra adubada.

Beijinhos, margaridas,
Espadas e pimentas.
Dedinhos, orquídeas,
Flores e suculentas.

Plantas para o coração.
Caminhos para a paz.
O divino ao redor.

Maldade - II

Sentada à mesa,
Cotovelos apoiados,
A saliva escorre
Pelo canto da boca.
Silenciosamente e
Demoradamente,
Aprecia as iguarias e
Rói até o osso.
É disso que come
E se satisfaz e
Conta aos chegados
Como fosse vantagem.
Fartura de maldade
Agrada seu paladar.