I
Coisas são coisas,
nada mais ou além.
O que a vida detém
é o instante do já
- nossa eternidade.
Ou o que não convém
relembrar, mas está:
nossa efemeridade.
II
Saber-me finita,
Obra inacabada,
De experiência inscrita
No vazio que é o nada;
É angústia latente,
Soprando feito um hino,
E procuro, insistente,
O que em mim é divino.