domingo, 29 de julho de 2012

Saudade

Eternizei você num filme
Que eu retrocedo e pauso,
De novo,
Tantas vezes quanto gotas
Que alagam as ruas
Nessas tardes de verão.
Quero capturar o instante
Doce, do riso
Em que mostrava os dentes
E vivê-lo outras vezes.
O tempo também é cruel.
Amanhece
E meus pés criaram raízes.
Os olhos fundos vêem,
Hipnotizados,
Um fiapo de você
Que teima em ficar.