O breve tilintar do sino dos ventos lembra-me que estou viva.
Absorta em felicidades e risos de um ontem distante,
Descasco freneticamente o esmalte carmim das unhas,
Enquanto choro sozinha, encolhida num vão esquecido do sofá.
É tão solitário viver em desprezo e sem rabo de olhar,
Que sobra-me apenas pisotear fotos e bilhetes amarelados,
Durante minha infinita respiração melancólica e cinza.