Finge, mente, esconde!
Prefiro a cruel sinceridade
Ao doce amargo de quem é morno.
Prefiro o contrário irritante
Ao sorriso enviesado de quem aceita sem desejar.
Prefiro o inimigo declarado
Ao desonesto amigo que se revela no durante.
Finge, mente, esconde!
Omite para acender ou para apaziguar.
Com paciência, aguardo e compreendo.
Minha alma é profunda, capaz de perdoar...
Mas não respeito desonestidade
E nem aquele que fica em cima do muro.
Procuro internamente um abrigo ou porto seguro.
Preciso me proteger.
Sinto-me vulnerável vivendo verdades.
Fecho os ouvidos porque sou sempre aquela:
Aquela louca, ingênua, utópica e imatura.
Cubro a boca para não maldizer em resposta
E tento seguir acreditando na beleza de ser humano.