domingo, 23 de setembro de 2012

Dualidade

Olhe bem para mim, repare sem culpa,
No corpo que leva um pouco de morte
E em contradição, já não há desculpa,
Para a vida no ventre, presente da sorte.

Sou não e sou sim, começo e fim.

Envelhece a carne dura e a branca têz,
Enquanto lentamente o fígado perece,
No durante cresce em mim, mês a mês,
O rebento de um sonho que o destino tece.

Estar-me indo enquanto outro vem...
Ver-me perdendo no ganho de alguém.