terça-feira, 31 de agosto de 2010

          Na busca por outros caminhos, vasculhando seu arquivos esquecidos em alguns bytes de seu computador pessoal, encontrou textos que tinha escrito há mais de 3 anos e releu-os, com aquele saudosismo e melancolia típicos de quem ama suas produções.
          Alguns eram tão interessantes que desejou publicá-los. E não fez alterações nem correções porque acreditava que tais textos eram reflexo de uma época e mudá-los seria como infringir sua própria história de vida e de crescimento intelectual.
          Começou pelo roteiro de uma performance teatral, que escreveu para que ela mesma encenasse, o que nunca ocorreu. Naquele momento, pensava em uma esquete rápida, de poucos minutos, que pudesse ser apresentada num pequeno palco da metrópole em que morava. Os recursos cênicos utilizados seriam mínimos para que não demandasse transporte, contra-regras e outros adendos.
          Lembrou que escreveu o monólogo logo após a leitura de uns textos de Artaud. Tais textos marcaram sua memória por serem viscerais e absurdamente belos.