Os seres são mesmo tortos.
Humanos faltando partes.
Todos capengas, tentando ficar em pé.
Uns não possuem as pernas da coragem.
A outros faltam os braços da ética.
Inúmeros sem língua sincera
Ou sem nariz de curiosidade.
Também sofrem os coitados
Sem os olhos da alma
Ou sem ouvidos filtrantes.
Meu Deus!
E o que será daqueles sem as partes íntimas?
Sim, aquelas mesmas responsáveis pelas iniciativas?
Procuram médicos sem fim,
Sem respostas, sem plexo solar,
Deficientes como todos.
Todos vagando por essa terra afora,
Que é tão torta quanto seus transeuntes.
Sim, já não são mais habitantes e nem moradores.
Será que chegarão a parte alguma?