Som do vento nas folhas verdes
- um mantra para o domingo -
Sol que abraça as canelas estendidas
Do corpo esguio recostado à parede.
A calma e a paz das quais se precisa
Para alinhar espírito e pensamento.
Não tem tais minutos há anos, talvez.
Um balão vermelho pipocado de estrelas
Dança, feliz, nas mãos da menina.
Sabiá de peito amarelo canta sozinho
E as nuvens, esparsas, cheias de preguiça,
Vagam no anil sereno em que está absorta.
A felicidade é mesmo fugaz...
A filha grita.
O jogo começa.
Estômagos vazios
Chamam.
E ela não se levantou ainda.