Vem o polvo do medo
- tentáculos espalhados,
que edifica em segredo
casas, muros, telhados.
De um bailar sedutor
que nos detém a mão,
paralisa, em torpor,
intentos do coração.
Tinta negra esparrama,
fétida cor que anoitece
o claro fulgor da chama.
O polvo insistente tece,
faz sua morada na cama
sob o jugo da prece.
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