quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Papel

O pulsar da palavra
No cheiro, textura,
Nessa gramatura
Do canson que lavra.

Retém o escrito,
Aconchego da letra;
De página tetra
Feito um monolito.

Vivifica memórias
E guarda, amarelado,
O que nos é sagrado
Entre tantas histórias.

Estampado, no plano,
Signos, fonemas...
Que tornado poema:
Explode gas metano.

Universo do papel,
Casa da quimera,
Válvula da espera
E do poeta, o céu.




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