Mão que afaga e tece
Que trama um cordão de contas
Mão que esmaga e escreve
Que caleja dos dedos as pontas
Mão que acena e segura
Que estapeia, torce e empunha
Mão que apoia e esfrega
Que treme, acarinha e se entrega
Mão que constrói e suplanta
Que destrói, aponta e nega
Mão de amor e de cura santa
Que planta, aduba e rega
Queria a mão, assim bem gigante!
E que ela pudesse reter o tempo
Em que se ama e se á amado.
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