domingo, 10 de maio de 2015

Autorretrato II

Só sou eu
Quando estou em muitos.
Pedaços de mim
Em corações que vagueiam.
Me compreendem mal
Por não saberem
Que meu amor espalhado
É o melhor que trago.
Leviana, displicente, desapegada...
Vim sem lugar,
Meu espaço é no outro.
Fora dele sou morta,
Zumbi que perambula.
E se tentam me juntar,
Conter-me em minhas linhas,
Me perco de mim
E choro no vazio solitário
De um espelho sem reflexo.

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